Mayra Andrade

Mayra Andrade é a voz jovem de Cabo Verde.

Apesar de a "escola" de música ter influências europeias, claramente o jazz, no seu ritmo natal, as coladeiras, as mornas e muito mais, faz da sua voz rouca o espectáculo da música.

Os seus 23 anos não são sinónimo de pretensionismo, antes pelo contrário.

Um elogio profundo às vozes que ainda tentam e querem recuperar culturas.

oderiamos dizer, como um cliché por demais usado, que é a nova Cesária Évora... mas não esta é Mayra Andrade, que no espectáculo em Setúbal, deu cor ao fado, mostrando o grande potêncial que ainda poderemos vir a perceber neta voz jovem.

Acompanhada de excelentes músicos, o espectáculo vale pela música, pelo à vontade em palco e pela voz da cantora.

Comemorações

Muito se tem falado do nosso rei, que aquando da invasão de Napoleão "deu à sola", mas passados 200 anos, "resolvemos" homenagear a sua fuga, como a chegada ao Brasil.
Faz-se exposições, escrevem-se tratados, e até são motivo de palestras... ou será que sou só eu a achar que em Portugal só se homenageam os "politicos" mais reles?
Para verem que só mesmo nós é que o fazemos, atentem ao que descobri por acaso acerca de D. Pedro.

Existe uma rua no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, chamada "PEDRO IVO". Quando um grupo de estudantes foi tentar descobrir quem foi esse tal de Pedro Ivo, descobriram que na verdade a rua homenageava D.Pedro I, que quando foi rei de Portugal, foi aclamado como "Pedro IV" (quarto). Pois bem, algum dos funcionários da Prefeitura, ao pensar que o nome da rua fora grafado errado, colocou um " O " no final do nome. O erro permanece até hoje.

Incrível, depois de descoberto o erro não é corrigido, e em Portugal, chamamos à cobardia e à incapacidade de um regente, de algo a ser lembrado como um grande feito.

Ainda o Tabaco

Dizia o Pedro Ribeiro, com alguma razão, que a Lei do Tabaco foi uma completa alteração aos hábitos dos não fumadores.
Como é o caso de o condutor ser como que criticado, por estar a fumar no próprio carro.
Sou não fumador e até concordo com as regras de proibição de fumar em alguns locais como os Restaurantes... é que temos que reconhecer, que jantar de máscara de gás na cara não é muito prático... mas por exemplo, acho que pode ser tolerável num café, uma vez que estes até foram criados com o intuito de sociabilização. Tudo bem, podemos sociabilizar sem tabaco, é verdade... mas, já está enraizado.
Agora o cumulo foi o que o Pedro Ribeiro contou a seguir.
Contava ele que uma amiga estava a tomar o pequeno almoço, no dia das cheias, e qual não é o espanto quando ouve uma senhora dizer em voz alta que as cheias eram culpa dos fumadores.
É verdade que tem de haver sempre um "bode respiratório" (esta expressão marcou-me profundamente), mas daí a isto...
Mas o melhor e explicar o ponto de vista da senhora...
dizia ela: "os fumadores lançam as beatas nas sargetas e depois fica tudo entupido"

Primeiro não percebi, mas finalmente cheguei a uma conclusão....
é que as beatas têm um filtro, certo?
Ora esse filtro é muito idêntico aos tampões que as senhoras usam, que são muito absorventes. Ora, se absorvem ganham volume. Aí está... os filtros incham e depois entopem os esgotos que provocam as cheias.
Esta senhora deveria ser acessora do Socrates, porque só ela e ele para terem ideias tão brilhantes.

Fim de semana

Um fim de semana em beleza (?)...

muita chuva, boa música, grande parte saída do baú, por conta da M80. E a contar o tempo que falta para voltar ao ritmo da semana...

será que não faço mais nada? Ainda à pouco sai de lá... nem passaram 48 horas...

Realmente é a realidade... ?? aqui está uma coisa profunda... o que acabei de escrever no inicio da linha... estou profundamente filosófico.

Mas adiante...

como dizia William Faulker, um inglês qualquer, que entretanto já foi descansar,
"O mais triste é que a única coisa que se pode fazer durante oito horas por dia é trabalhar"
... é triste, não?

Hoje estou em dia sim... ou não

Nunca vos aconteceu que o dia começou mal?
Que de repente deixam cair tudo? Pontapé aqui, cabeçada ali?
E de repente o colega de trabalho desliga-vos o computador e o trabalho de várias horas não estava gravado?
E quando vão almoçar apercebem-se que não levam a carteira?
E ainda por cima a porta do escritório está fechada?
Lixado não?...
e o resto da tarde? Parece que nada funciona... o telefone que não para de tocar, a fotocopiadora que não funciona, o trabalho que não rende e está a fazer-se tarde para ir às compras.
O transito infernal... a bicha na caixa do Hipermercado, o jantar que queimou....

AAAaaaaaaaaaaaaaaHHHHhhhhhhhh!!!!!!!

Só apetece gritar... já tiveram um dia assim?

Temos Pena... eu não!
(pelo menos hoje!)

São Valentim

Muito se conta acerca da lenda de S. Valentim, mas por aquilo que percebi, e me apercebo todos os anos, que esse "gaijo" está pago pelos comeciantes... ou era algum(a) florista.
Nunca, durante o ano inteiro, se viu tanto homem na florista.
Mas é bonito vê-los sair, alguns meio envergonhados, de ramo na mão. Que alegria vai ser o jantar. Um final de dia romantico...

Só tenho pena das mulheres que levam 364 dias à espera de receber uma flor... pronto, eventualmente também levam no dia do aniversário (coitadas das que fazem anos a 14 de Fevereiro).
Este negócio do dia de namoados é tão lucrativo que no Japão até instituiram 2 dias de namorados. Um hoje, 14 de Fev. e outro a 14 do mês que vem...
Assim eles oferecem este mês e elas retribuiem no mês que vem. É bonito não?

Agora a sério? Os namorados (eles e leas), só o são nesta data? OK... bem sei que não... mas e as flores do mês passado onde estão? E o perfume? E aquela camisola que ela namora todos os dias diante da montra e dá a dica, mas os homens fazem-se desentendidos?

Pronto, devo estar azedo... dizem vocês. A sério? Não acreditem nisso... sempre fui.
Agora a sério... a meio do mês, a aumentarem o preço das flores e de outras coisas para as quais não costumam olhar, não acham que o significado de namoado(a) é mais idêntico a Negócio do que Aquele(a) de quem se gosta e se quer?

Mas isto sou só eu.

Há já algum tempo que quero aqui deixar uma pequena nota. Já antes falei dos escritores portugueses mediocres, e entre eles mencionei Margarido Rebelo Pinto... não, não venho me redimir... a senhora escreve mal e ponto final.

Mas tenho que reconhecer o mérito na poesia... tudo bem, a sua musa em tudo fez a diferença, mas gostava de postar aqui o poema que ela escreveu dedicado ao filho, e que foi compilado pela Oficina do Livro, num pequeno livro intitulado "Tantas mãos, a mesma primavera"

Ausência

Fica-te por aí, no silêncio das paredes nuas,
Dorme e acorda ao som do próprio coração
Descobrindo na vigília dos sonhos
O caminho que um dia quererás seguir

Os dias hão-de trazer-me a luz desta espera
Onde te espero sem esperar
Que sejas e faças e cresças
E te tornes num homem melhor

Não tenho os teus mapas, mas conheço-te os passos
Os sons, o toque, a voz ainda de criança
E nas tuas mãos pequenas e claras
Onde o meu coração escorrega
Como a água que corre e se perde
Gota a gota, guarda-me agora
Nunca e sempre
Sempre e nunca
Eternamente

M.R.P.

Dedico este poema a todos os principezinhos e a suas mães, que por aqui passam...

Saude

Tenho que estar para aqui, embrulhado em papeis e legislação para estudar para um concurso em que, a não ser que se seja muito "burro" não se consegue nota para o acesso... mas que por embirração vou tentar empinar e ... apercebo-me de uma coisa fantástica...
A forma como este governo goza com a população.
Ainda ontem o General Leandro falava no noticiário sobre a explosão social, demonstrando que a população estava a tender para os extremos.
Agora deparo-me com algo que nunca tinha pensado e nem sequer que estava legislado, a questão do acesso aos meios de saúde...
diz o artº 64º da Constituição da República, no nº 2 a), que o serviço de saúde é universal e geral tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito.
Gratuito? Onde? Não aumentaram para quase 10 € as consultas de urgência? Ora se é uma urgência, não deveriam esperar que as pessoas que recorrem a esse serviço se apresentassem sem meios para pagar? Então porquê aumentar as tarifas?
No mesmo artigo, mas agora no nº 3 b), o próprio estado legislou que,"ele" mesmo deveria "Garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em recursos humanos e unidades de saúde"

É impressão minha ou este governo tem andado a fechar unidades de saúde por todo o país? A não ser que o nosso pequeno país se tenha tornado ainda mais pequeno.
A não ser que seja a falta de elementos para trabalhar... mas os hospitais e clinicas em Lisboa outras grandes cidades estão cheias de médicos... e depois, a nossa universidade só aceita elementos para ser médico com médias de 18 valores, enquanto que espanha aceita com menos de 16 valores... deve ser por isso que o nosso governo tem um acordo em aceitar médicos espanhóis cá.

Vamos nós entender isto...

Partiu tudo e ficou rico

É assim que a revista sábado noticia acerca de um jovem de 16 anos, na Austrália que resolve fazer uma festa quando os pais não estão.
Convidados? 500 adolescentes...
resultado? 13 mil euros em prejuízos.
Como foi o jovem "castigado"? Com entrevistas e pedidos para "coordenar" festas.
Recusa-se a falar com os pais, uma vez que a mãe acha que ele deve ser castigado e faz exigencias para comparecer a entrevistas cobrando mais de 500 € entre outras exigências.
Que raio de educação recebem estes jovens hoje?

Antoine de Saint-Exupéry

Escritor de "O principezinho" livro que adoro, e que quero deixar aqui a justa homenagem.

A primeira vez que li esta história devia ter uns 7 ou 8 anos, foi uma oferta da Câmara de Setúbal.

Um pequeno livro de bolso ilustrado com as aguarelas do autor.

Mais tarde, adquiri o livro que por razões que não me lembro, desapareceu de casa.

Finalmente quando o meu filho nasceu comprei uma cópia da 1ª edição, editada pela Editorial Aster. Porque é importante a editora?

Porque durante anos "persegui" este livro e infelizmente as editoras não tinham a versão que eu procurava... todas elas "adulteravam" a parte da raposa com o principezinho... ao ponto da versão da Editora Europa-América, traduzir como "cativar" para o facto de a raposa e o principezinho não terem ainda "relações".
Outras como a Caravela, traduzem apenas como "estar preso", menos mal... mas perde um pouco a poesia do autor.

Mas como o post é para homenagear e não para falar mal das editoras, voltemos ao assunto...

Já antes tinha falado aqui de um escritor português que admiro e que anteriormente fêz uma homenagem a outro homem que marcou a minha vida, Carlos Paredes.

Agora José Jorge Letria volta a surpreender-me (embora o livro tenha mais de 10 anos) encontrei agora o livro "António e o Principezinho" a devida homenagem ao homem que nos fez sorrir e ainda faz.

Ainda bem que o seu amor pela escrita e pelos contos pode ser homenageado nas mãos de um escritor de valor.