quarta-feira, setembro 13, 2006

Reformados Activos - Somos os Melhores



Ao menos num capítulo ninguém nos bate, seja na Europa, nas Américas ou na Oceânia: nas políticas sociais de integração e valorização dos reformados.
Aí estamos na vanguarda, mas muito na vanguarda. De acordo, aliás, com estes novos tempos, em que a esperança de vida é maior e, portanto, não devem ser postas na prateleira pessoas ainda com tanto a dar à sociedade.

Nos últimos tempos, quase não passa dia sem que haja notícias animadoras a este respeito. E nós que não sabíamos!

Ora vejamos:
- O nosso Presidente da República é um reformado;
- o nosso mais "mortinho por ser" candidato a Presidente da República é um reformado;
- o nosso ministro das Finanças é um reformado;
- o nosso anterior ministro das Finanças já era um reformado;
- o ministro das Obras Públicas é um reformado;
- gestores activíssimos como Mira Amaral (lembram-se?) são reformados;
- o novo presidente da Galp, Murteira Nabo, é um reformado;
- entre os autarcas, "centenas, se não milhares" de reformados - garantiu-o o presidente da ANMP
- o presidente do Governo Regional da Madeira é um reformado (entre muitas outras coisas que a decência não permite escrever aqui);

E assim por diante...
Digam lá qual é o país da Europa que dá tanto e tão bom emprego a reformados?
Que valoriza os seus quadros independentemente de já estarem a ganhar uma pensãozita?
Que combate a exclusão e valoriza a experiência dos mais (ou menos...) velhos?

Ao menos neste domínio, ninguém faz melhor que nós.
Ainda hão-de vir todos copiar este nosso tão generoso "Estado social"...


Joaquim Fidalgo
Jornalista

segunda-feira, setembro 11, 2006

Porque não podemos esquecer

11 de Setembro

Vietnam

Ruanda

Kosovo

Timor

Holocausto

...

...

As Cruzadas







sexta-feira, setembro 08, 2006

Neptuno ou o Adamastor?

quarta-feira, setembro 06, 2006

Ride Horses

se tivesse que descrever a música de Rolling Stones - Ride Horses, era com esta imagem.

Hoje estou...

Secretos recheados

Podia ser uma receita, mas não.
Apenas uma sarcástica constatação à noticia do Semanário de 01/09/2006
Em noticia de capa e em letras garrafais diz:
"Sócrates mantem segredo sobre destino dos dinheiros de QREN (Quadro de referência estratégica nacional)", dinheiro esse que se destina a "concretizações" para os próximos 7 anos.
A pergunta que me salta é: Segredo porquê?
Para não sabermos que são os mesmos bolsos a ser recheados? Que são os mesmos lobbies a receber, ficando em aberto as áreas que sempre têmnecessitado?
Ah! pois... tinha-me esquecido, a estratégia nacional, tem a ver com os empreendimentos utópicos que não fazem sentido mas que havemos de ter? Não se recordam de nenhum? eu lembro... o TGV o Aeroporto da OTA... enfim!

IVA

Vida Económica de 01/09/2006

Noticia de 1ª página:

"Estado perde milhões de IVA todos os dias."

Como é que é possivel?
Todos dias pagamos 21% em alguma coisa. Todos os dias somos bombardeados com o IVA na mais pequena aquisição...
Porque será que o estado perde tanto em IVA.

Não! Não quero que me respondam... pode dar-me um ataque cardíaco.

Somos os melhores...

Diário Económico de 06/09/2006
Noticia de 1ª página:
"Portugal é o mais ágil do mundo a criar empresas"
Como? A criar ou a acabar com elas? Com tanta empresa que fecha... ou será que estão incluidos os clubes de futebol?
Cada vez me parto mais a rir com este país...

Saúde (?)

Pois é, isto de polémicas é comigo...
É deveras interessante que desde à 10 anos para cá a saúde tem vindo a melhorar...
tem havido um maior intercâmbio de médicos estrangeiros, principalmente espanhois, para trabalharem em hospitais de Portugal, que os portugueses não aceitam. Mas depois pagamos uma fortuna em consultas nos consultórios deles. Porquê?
Porque temos uma grande lista de espera, com meses de espera, para tratamentos básicos em Portugal, que, se formos encaminhados para Espanha, somos tratados em menos de uma semana.
Finalmente o governo Português resolve fazer alguma coisa para acabar com situações de espera e outras.
Vejamos:
Fecha unidades de tratamento urgente (por ex. as Urgências do Hospital dos Capuchos e Sta Marta)
Depois resolve acabar com unidades de tratamentos de especialidade. (talvez porque os senhores Doutores, cobrassem 10 x o preço da consulta e depois fossem realizar os tratamentos com material do hospital, é compreensivel. Então porque não correr com o médico ou controlar melhor o tipo de tratamentos que são efectuados?)
Agora resolveu fechar maternidades, e acho muito bem que se façam marchas lentas como a feita em Mirandela. afinal os filhos que nascem a portugueses, são portugueses ou espanhóis? Talvez devessem ser espanhóis... pelo menos não cresciam envergonhados.
E depois... tudo isto com o objectivo de quê?
Ah! sim, poupar dinheiro ao estado para outros investimentos. Na Saúde?
Não é certamente.
Veja-se o caso da ADSE, até aqui havia alguns privilégios para quem tinha ADSE e outro tipo de segurança social e saúde. É certo que não era equilibrado, uma vez que quem tem apenas a Segurança Social Portuguesa a proteger a sua saúde, bem pode chorar com dores.
Mas na esperteza deste estado, em vez de melhorar quem está mal, aumenta as despesas dos beneficiários da ADSE em 4000%, uma medida muito económica, e acaba com os direitos de outras entidades como o Ministério da Justiça e afins.
Como se não bastasse damos conta que depois destes acertos "económicos", uma criança, que infelizmente sofreu um acidente doméstico e se queimou com óleo a ferver, tem de ser transferida para Espanha, por não temos nem equipamento, nem condições para tratamentos do género em Portugal.

Cada vez concordo mais com o Marco Horácio :"deviamos era vender o país aos espanhóis, dividir o dinheiro pelos portugueses todos e com o que sobrar fazia-se uma grande almoçarada na Ponte Vasco da Gama".

Tenho dito.

quinta-feira, agosto 31, 2006

Bébés - como dormir mais tranquilo

Um estudo recente sobre o sono , em 56 bebés saudáveis, revelou que os "bebés que dormiam bem à noite estiveram expostos a mais luz no início da tarde".

A revista Journal os Sleep Research, trouxe este assunto a publico, porque a pesquisadora e mãe, Dra. Yvonne Harrison, da Univ. John Moores de Liverpool, Grã-Bretanha, decidiu fazer esse estudo porque numa pesquisa anterior tinha mostrado que mais exposição à luz do dia melhora o sono dos idosos.
Eu diria que mais exposição ao sol, melhora o sono de qualquer um... por isso o que é que está a fazer aí fechado? Vá passer... ver o céu, a praia... apanhar sol, mas não muito.

Grãos de Café descafeinados

pois é... nem sempre estamos certos qo que quer que seja.

Há já alguns posts atrás, quando alguém questionou acerca do descafeinado http://ocafedoblog.blogspot.com/2006/01/o-descafenado.html, expliquei como "acontecia"... pois agora trago novidades...
O Jornal El País relata que, cientistas brasileiro descobriram uma nova variedade de Coffea arabica - a variedade mais popular - que praticamente não tem cafeína.
Esse café, descafeínado em seu estado natural, representa uma grande descoberta para a industria cafeeira. Porquê?
Porque uma vez que o processo de descafeinização é caro e destrói não só a cafeina, mas também alguns elementos básicos que dão ao café o seu sabor agradável, esta planta é a solução para os dois problemas. É que um grão de café tem cerca de 12 miligramas de cafeína por grama, ao passo que esta variedade tem apenas 0.76 miligramas, ou seja, o resultado obtido pelo processo industrial de hoje.

Afinal "Rir" é mesmo o Melhor remédio

Afinal a revista das Selecções sempre tem razão, quando criou um espaço com o título "Rir é o melhor Remédio".
Já M. de Chanzal, em meados do sec. passado dizia que "o riso é o melhor desinfectante do fígado" e agora uns quantos cientistas vem confirmar exactamente que, conforme relatado numa revista polonesa, "rir durante meio minuto é equivalente a 45 min. de repouso absoluto. Uma gargalhada espontânea equivale a 3 min. de exercício aeróbico, e dez sorrisos cordiais equivalem a dez minutos de remo."
Outros beneficios incluem um aumento de 3 vezes a quantidade de ar nos pulmões, melhora da circulação, da digestão, do metabolismo, do funcionamento cerebral e da eliminação das toxinas. Comoa ajuda para o bom humor, a revista sugere que sorria para si mesmo, seu conjuge e seus filhos logo de manhã. "Aprenda a rir de si mesmo, tente ver o lado bom das coisas, mesmo em situações difíceis."

Além disso, Curzio Malaparte também disse que, "cada vez que um homem ri, adiciona um par de dias à sua vida."

sexta-feira, agosto 18, 2006

A Merecida Homenagem

Imagem: Campo das Letras

Tardou, talvez por querer tardar a despedida.
Tardou a tinta que secou na ponta da pena, que com pena do passado chorou.
Tardou a merecida homenagem, que nasce pelas mãos de um amigo.
A merecida homenagem aos movimentos perpétuos das mãos que dançam nas cordas da guitarra.
José Jorge Letria escreveu a história que eu gostaria de ter escrito.
A história de Carlos Paredes.
Numa excelente apresentação, o livro "O menino que se apaixonou por uma guitarra - Carlos Paredes", da Editora Campos das Letras, descreve de um modo poético, apaixonante e simples a vida desse grande músico. Tão grande que as suas "asas" abraçaram não só Lisboa, não só Coimbra, não só o choupal; mas ao abrir assim as suas "asas" abraçou Portugal e o mundo e fechou-nos num abraço profundo.
Que me perdoe o "amigo" Letria, mas quando na pág. 30 diz que já não foi capaz de suster o abraço... só não o conseguiu fazer fisicamente. Expirou e fechou-se para o mundo. mas a sua obra nunca... a sua música, o "choro" da guitarra, vai ser sempre aquele abraço que ele tentou fechar.
Adeus Carlos...
que a tua música nos alegre sempre, recordando verdes anos.
Obrigado José Jorge Letria por esta excelente Homenagem!!

quinta-feira, agosto 17, 2006

Indignação...

Hoje estou mal disposto...
Vou indignar-me, ou talvez não...
Uma coisa é certa, estou mal-humorado.
Como é possível, que com tantos organismos reguladores, se permita que os canais televisivos passem tanta telenovela, tanto programa mediocre, e tanto entretenimento básico em horário nobre, durante o tempo em que programas culturais deviam passar, porque são esses que nos enriquecem (talvez o estado não tenha interesse nesse enriquecimento)...
A minha indignação deve-se ao facto de nos últimos meses, a TV estatal passar uns excelentes programas, tanto a nível histórico, músical, e muitas outras áreas... mas sempre, sempre... depois da meia-noite.
Será que estão a pensar nos portugueses na Austrália?
Como pode uma pessoa ver um programa ou concerto na TV e depois levantar-se cedo para ir trabalhar, uma vez que a hora a que finda o programa é muito próxima da hora a que teremos de nos levantar para ir trabalhar.
E não falo só de coisas recentes, como o concerto de Michael Bubblé, mas tb alguns próximos como o Celtic Women... e outros...
enfim! Viva a TV...

Cada vez concordo mais com Grocho Marx "A televisão parece-me muito educativa. Sempre que alguém a acende, eu vou para outro sítio ler um livro".

quinta-feira, julho 06, 2006

É esta vida que temos?...

Entrei apressado e com muita fome num restaurante.

Escolhi uma mesa bem afastada do movimento, pois queria aproveitar os poucos minutos que dispunha naquele dia atribulado, para comer e consertar alguns bugs de programação de uma base de dados que estava a desenvolver, além de planear a minha viagem de férias para o verão. Pedi um filét de salmão com molho de manteiga, uma salada e um sumo de laranja, afinal de contas fome é fome, mas regime é regime.
Abri o meu Portátil e apanhei um susto com uma voz baixinha atrás de mim:
-Tio, dás-me uma moedinha?
-Não tenho, menino.
-Só uma moedinha para comprar um pão.
-Esta bem, compro-te um. Para variar, a minha caixa de entrada está cheia de e-mails. Fico distraído a ver poesias, as formatações lindas, a dar risadas com as piadas malucas. Ah! Essa música leva-me ao tempo de escola e a boas lembranças de tempos idos.
- Tio, peça para colocar margarina e queijo também.
Percebi então que o menino tinha ficado ali.
- Ok. Vou pedir, mas depois deixas-me trabalhar, estou muito ocupado, ta?
Chega a minha refeição e junto com ela o meu constrangimento.
Faço o pedido do menino, e o empregado pergunta-me se quero que mande o miudo ir embora. Meus resquícios de consciência, impedem-me de dizer. Digo que esta tudo bem. Deixe-o ficar. Que traga o pão e, mais uma refeição decente para ele.
Então ele sentou-se á minha frente e perguntou:
- Tio o que está a fazer?
- Estou a ler uns e-mails.
- O que são e-mails?
- São mensagens electrónicas mandadas por pessoas via Internet (sabia que ele não ia entender nada, mas, a título de livrar-me de maiores questionários disse):-É como se fosse uma carta, só que via Internet.
- Tio você tem Internet?
- Tenho sim, é essencial ao mundo de hoje.
- O que é Internet ?
- É um local no computador, onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Temos de tudo no mundo virtual.
- E o que é virtual?
Resolvo dar uma explicação simplificada, novamente na certeza que ele pouco vai entender e vai-me libertar para eu poder comer a minha refeição, sem culpas.
- Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos pegar ou tocar. É lá que criamos muitas coisas que gostaríamos de fazer. Criamos as nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que fosse.
- Isso é um espetáculo. Gostei!
- Mas, entendeste o que é virtual?
- Sim, também vivo neste mundo virtual.
- Tens computador?
- Não, mas o meu mundo também é assim... Virtual. A minha mãe fica todo dia fora de casa, só chega muito tarde, quase não a vejo, eu fico a cuidar do meu irmão pequeno que passa o dia a chorar de fome e eu dou-lhe água para ele pensar que é sopa; a minha irmã mais velha sai todos os dias, diz que vai vender o corpo, mas não entendo, pois ela volta sempre com o corpo; o meu pai está na cadeia há muito tempo, mas eu imagino sempre a nossa família toda junta em casa, com muita comida, muitos brinquedos, e eu a ir para a escola para um dia ser médico. Isso é virtual não é tio?
Fechei o meu Portátil, não antes que a lágrimas caíssem sobre o teclado. Esperei que o rapaz terminasse de literalmente "devorar" o prato dele, paguei a conta, e dei o troco ao miudo, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que já recebi na vida e com um "Obrigado tio você é porreiro!".
Ali, naquela instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel rodeia-nos de verdade e fazemos de conta que não percebemos!

quarta-feira, julho 05, 2006

Se conseguirem ler... é uma grande lição...

3M D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3574V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4. 4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0, C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0. C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40; G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R! S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 C4R1NH0.

0 R3570 3 F3170 D3 4R314

sexta-feira, maio 26, 2006

"O Colega do Lado" - Mª João Lopo de Carvalho

Recebi este texto por E-mail e não posso deixar de o transcrever para aqui. Esta é realidade do nosso dia-a-dia e por estra tão bem descrito, deixo aqui, para quem não teve ainda a oportunidade de ter lido este texto.
Gramamos a família porque a hereditariedade nos impõe, gramamos o marido (ou a mulher) porque o escolhemos de livre vontade, mas gramamos os colegas de trabalho porque nos calham na rifa e temos de levar com eles em cima, a bem ou a mal, na melhor das hipóteses, oito horas por dia.
Ou seja: a família, quando muito, aos domingos e feriados; o marido e os filhos, duas, três horas por dia, no máximo (metade das quais a ver televisão ou a partilhar tarefas domésticas); e os outros, para os quais não fomos ouvidos nem achados, dispõem de mais tempo e de mais espaço do que toda a nossa vida somada.
É com eles que rimos, choramos, que nos irritamos, que amuamos, que lixamos ou somos lixados, que vamos à bica e às compras, é a eles que avaliamos, que ajudamos, são eles os nossos carrascos e cúmplices, os nossos amigos ou, pior, os nossos principais inimigos. É no trabalho, acho eu, que revelamos as nossas grandes capacidades e virtudes, mas também, e como há tempo para tudo, o pior que o ser humano tem: a inveja, o rancor, a gula (roubo todas as caixas de chocolates onde os meus olhos vão parar), a vaidade, a intriga, o orgulho, a luxúria (enfim, todos sabem como e porquê. "Ai, você hoje está linda.", "Acha dr.?", "Não acho, tenho a certeza, brilha como a lua").
O ambiente de trabalho é assim, muitas vezes, uma impiedosa arena do circo romano onde se mata quem é fraco, sobrevive quem é forte. É esta a tragédia da questão. Competitividade e matança são armas letais de significado idêntico - desafie-se o poder! Mas como perder ninguém quer, ligamos a competição à ambição (a longo prazo) e à ganância (a curto prazo), tudo em circuito fechado, para que a via-sacra da matança seja forte demais e excitante demais para a conseguirmos abafar. (...)
Há sempre um gajo porreiro em que nos escudamos e que, de facto, não nos quer tramar às primeiras; um gajo que tem dias e que ora amanteiga para direita, ora amanteiga para a esquerda - é o gajo que quando a coisa corre bem foi ele próprio que a fez (é "muita bom"), quando corre mal, fomos nós, pobres inexperientes e ele até se fartou de nos avisar, infelizmente não acreditámos no seu teatro.
Adoro a tribo dos manteigueiros frenéticos: aqueles que só saem depois do chefe nem que fiquem a jogar paciências no computador, que nos desfazem em strogonof pelas costas, que controlam as nossas entradas e saídas de cena, bichanam com os seus superiores e ajustam contas com as secretárias e o pessoal, a quem com tanta alma chamam "menor", baralhando sem pudor humilhação com humildade. Prefiro o folclore dos que gritam como ovelha a ser degolada mas que depois se redimem ao acrescentarem uns parágrafos triunfais na "porra" do dossiê.
Nós os portugueses adoramos reunir. Podemos não fazer a ponta de um corno, mas reunir tem de ser. Basta reunir e já está! Não é nunca o ponto de partida, é sempre o ponto de chegada. E antes de reunir gostam de planear a estratégia para tramar o parceiro. Pode não haver estratégia para mais nada, mas para tramar o colega do lado aqui vai disto.
Agressividade quanto baste é a metodologia (odeio esta palavra) para chegar ao poder. Todos conhecem a cartilha, a cru ou disfarçada de fada boa.
Em suma, os portugueses acham que para serem melhores têm de arranjar alguém para mau da fita, é a teoria dos vasos comunicantes em todo o seu esplendor. É com "vasos" destes - que à partida não são nem amigos, nem filhos, nem marido, nem sequer os escolhemos num menu - que temos de partilhar o cheiro, a voz, e o génio; das ramelas, à barba por fazer; das malhas na meia ao rímel esborratado, todas as horas, todos os dias, todos os anos. É tudo uma questão de "ambiente" no trabalho!

in Expresso

sexta-feira, maio 12, 2006

Aquisições

pois é meus amigos, entrei hoje na salinha do café e deparei com um ambiente um tanto ao quanto desalinhado, poeirento e decidi limpar um pouco as coisas, criar um novo espaço naquele já existente e reparei que as paredes estavam um pouco descoradas e nuas por isso fui até ali um cantinho muito interessante e giro e fiz a aquisição de uma estampa para por no local mais visivel da sala.

E não me digam que não está giro.
'bigades miguita.



Imagem daqui

quarta-feira, maio 10, 2006

Reflexões

Pensando em todos os livros que já li, e naqueles que me recuso a ler, questiono-me: até que ponto deixamos que a nossa mente fique a marinar em pedaços de nada, temperados com coisa nenhuma e acompanhado de filosofias medíocres?

Não querendo ser demasiado crítico ou parecer despeitado, pergunto-me: o que pode alguém como a Margarida Rebelo Pinto ensinar ou explicar com os seus livros, que, de nada têm tudo (se bem que quando se abrem, as letras se percebam, perfeitamente nítidas, impressas no branco do papel); é um livro oco, um “o quê” de quem não tem mais que fazer a não ser espreitar as chamadas revistas sociais (as vizinhas alcoviteiras disfarçadas), e responder com um “Sei lá”, completamente desinteressado, quando se lhe pergunta o que quis ela traduzir para o papel com tudo o que escreveu ou transcreveu.
Em tempos, e por brincadeira, deu na televisão um pequeno filme que demonstrava ao ponto a que chegou a cultura dos portugueses e o seu interesse pelos livros.
Esse filme apresentava alguém que explicava a utilidade de um livro: servia de travessa, para pôr os pés, para matar moscas, enfim ... servia para tudo menos para, entreter, para ensinar, para dar prazer e usufruto ao leitor.
No final percebi porquê. - Era um livro da tal senhora.

Não sei se temos bons escritores hoje. Há muitos, muitos anos tivemos alguns excelentes, mas ...
Se calhar isto da literatura é como o vinho, a colheita nem sempre é boa.

Mas não se pense que são só aos escritores novos que lhes parece faltar a “fruta” para que se possa saborear um bom livro.

Por exemplo: Saramago, que num diz que não diz, do que diz que disse, mas não disse e que ficou por escrever, sem pontuação (que é uma forma brilhante(?) de escrito – elogio de um jornalista a quando da entrega do Nobel da literatura a Saramago), mas que, sem sombra de duvida, nunca tinha sido lido por uma grande maioria da população e que, acho eu, essa mesma faixa continua sem conhecer realmente os escritos do homem (e por mim falo) e devo acrescentar que, apesar de já ter lido alguns livros, continuo a não entender a forma de escrita.
As obras desse senhor tiveram uma grande “explosão” de vendas, porque afinal é muito “in” ter 2 ou 3 livros do “prémio Nobel” em nossa casa, mas atenção: não se deve retirar o celofane para não apanhar pó.
A questão que prevalece é: será que os escritores portugueses são mesmo maus, ou escrevem mal e banalmente, porque sabem que os seus livros vão ser comprados por um décimo da população e que desses só metade ou menos o irão ler?

É que escrever livros como o do Manuel Jorge Marmelo (que além de um grande marmelo, deve ser parvo), sobre as mulheres trazerem livro de instruções – já agora porque não um que ensine os homens a ler e que traga tradutor – se bem que o livro trata apenas da pouca vergonha dos outros, que enganam as mulheres e os maridos, mas pavoneiam-se nas ruas como aristocratas.
Afinal o livro de instruções era para quê?

Mais um livro para a estante.

Ou ainda, uma pergunta que se me afigura e que salta do aparo para o papel, sem que consiga parar ...


Como é que alguém que é elogiada por ser uma jornalista multifacetada – trabalhou no Diário de Noticias, na “Marie Claire” (parece que acabou essa revista, será porque ela escrevia lá, ou porque o conteúdo escrito resumia-se a anúncios?), concebeu a revista “Pais e Filhos” (excelente, considere-se, apesar do excesso de publicidade), dirige a revista “Adolescente” (que ainda não consegui perceber, se é para os pais se para os putos) e ainda redige o suplemento do DN ao domingo – concebe escrever tantas “baboseiras” juntas num só livro?

No seu livro “Guia para ficar a saber ainda menos sobre as mulheres”, Isabel Stilwell fala da personalidade dos homens, manobrados pelas mulheres, como se toda uma vida em conjunto, ou os arrulhos de amor, fossem realmente originados de uma peça de teatro, como se os homens fizessem exactamente como é descrito, parecendo marionetas.
A escritora baseia saber cognitivo de um sexólogo, provavelmente frustrado com as suas prestações sexuais, com saberes de vivência, que certamente não são os dela e que, de certeza absoluta, não se assemelha ao que escreveu.

Assim, e em conclusão, consigo realmente compreender porque se gasta tanto tempo e dinheiro em, Big Brothers, Masterplans e outros programas aculturais e perturbadores. Se os livros são caros e não valem um “corno”, mais vale despejar o Cérbero num balde com álcool e fazer “zapping” nos canais da TV e proporcionar ao nosso corpo um sono relaxante no sofá.

Carta a um Pai anónimo

Olá, pai

Estou a escrever-te para te dizer o quanto te amo.

Não sei se ainda te reconheceria, nem se te lembras bem de mim. Tenho crescido e aprendido coisas novas.
Apesar do tempo, acho que ainda deves ter aquele teu ar bonitão e alegre.
Não sei há quanto tempo foi, mas recordo os momentos em que juntos passeávamos pela praia e brincávamos ... eu, tu e a mamã!
Éramos uma família feliz!
Ainda recordo, com carinho, quando tu e a mamã me ensinaram a letra do meu nome ... aquele que vocês dois escolheram para mim.
Hoje não sei se sinto a alegria dos outros tempos. A mamã continua a ser a minha melhor amiga, e quando vamos para o meu quarto brincar, fico sempre à espera que tu também venhas; vou olhando a porta, a ver quando tu vais aparecer ...
Mas chega a noite e eu tenho de ir dormir, e não chego a ver-te.
Bem sei que tens muito que fazer, mas eu sinto como que um “buraco” na nossa família.
A mamã, com muito carinho, esforça-se para que eu não dê por tal e tenta compensar-me a falta que tu me fazes, mas este “buraco” existirá sempre, esperando para quando quiseres ocupá-lo.
Hoje perguntaram-me por ti, sabes o que respondi?
foi fazer umas coisitas, mas volta já, porque ele prometeu brincar comigo!

e agora, enquanto espero que tu chegues, escrevo para te dizer que gosto muito de ti e para dizer “Boa Noite, Papá!”, pois já é muito tarde e eu tenho de ir dormir.
Eu sei que se tu tivesses podido vir brincar comigo, não hesitarias, mas agora tenho de ir dormir e sonhar que tu estás aqui comigo e a mamã. E sei que vais brincar comigo e correr a meu lado, sei que vais estar sempre onde e quando eu precisar.
É para isso que servem os papás, e tu és o meu.
E sabes?
Quando eu acordar, tu vais estar aqui, juntinho a mim e eu vou abraçar-te e beijar.

Boa Noite, Papá!

sexta-feira, maio 05, 2006

A Loucura

A Loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa.
Todos os convidados foram.
Após o café, a Loucura propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
- Esconde-esconde? O que é isso? - perguntou a Curiosidade.
- Esconde-esconde é uma brincadeira. Eu conto até cem e vocês se escondem. Ao terminar de contar, eu vou procurar, e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.
Todos aceitaram, menos o Medo e a Preguiça.
1,2,3,... - a Loucura começou a contar.
A Pressa escondeu-se primeiro, num lugar qualquer. A Timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore. A Alegria correu para o meio do jardim. Já a Tristeza começou a chorar, pois não encontrava um local apropriado para se esconder. A Inveja acompanhou o Triunfo e se escondeu perto dele debaixo de uma pedra. A Loucura continuava a contar e os seus amigos iam se escondendo.
O Desespero ficou desesperado ao ver que a Loucura já estava no noventa e nove.
CEM! - gritou a Loucura. - Vou começar a procurar...
A primeira a aparecer foi a Curiosidade, já que não aguentava mais querendo saber quem seria o próximo a contar. Ao olhar para o lado, a Loucura viu a Dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar para melhor se esconder. E assim foram aparecendo a Alegria, a Tristeza, a Timidez...
Quando estavam todos reunidos, a Curiosidade perguntou:
- Onde está o Amor?
Ninguém o tinha visto. A Loucura começou a procurá-lo. Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do Amor aparecer.
Procurando por todos os lados, a Loucura viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito.
Era o Amor, gritando por ter furado o olho com um espinho.
A Loucura não sabia o que fazer.
Pediu desculpas, implorou pelo perdão do Amor e até prometeu segui-lo para sempre.
O Amor aceitou as desculpas.
Hoje, o Amor é cego e a Loucura o acompanha em todos momentos.


Desconheço o autor, mas é um texto expectacular.

terça-feira, abril 18, 2006

Coma mais Bananas

"Uma banana por dia dispensa o médico".

Se deseja uma solução rápida para baixos níveis de energia, não há melhor lanche que a banana.Contendo 3 açúcares naturais: sacarose, frutose e glicose, combinados com fibra, a banana dá uma instantânea e substancial elevação da energia.
Pesquisas provam que apenas 2 bananas fornecem energia suficiente para 90 minutos de exercícios extenuantes.
Não é por acaso que a banana como energético,é a fruta nº 1 dos atletas bem sucedidos do mundo.

A banana também ajuda a curar ou prevenir um grande número de doenças e condições físicas, que a tornam obrigatória na sua dieta diária.
Anemia - Contendo muito ferro, as bananas estimulam a produção de hemoglobina no sangue e ajudam nos casos de anemia.
Tensão arterial - Contém elevadíssimo teor de potássio, mas reduzido em sódio, tornando-a perfeita para combater a tensão alta. Tanto que a FDA (agência responsável pelo controle de alimentos e remédios) dos EUA autorizaram as indústrias de banana, a oficialmente informar a redução dorisco de tensão alta e enfarte.
Capacidade mental - 200 estudantes de uma escola em Twickenham (Middlesex) tiveram ajuda da banana (no café da manhã, lanche e almoço), para elevar sua capacidade mental. Pesquisa mostra que frutas com elevado teor de potássio ajudam alunos a aprender e a manter-se mais alerta.
Intestinos - Com elevado teor de fibra, incluir bananas na dieta pode ajudar a normalizar as funções intestinais, superando o problema, sem recorrer a laxantes.
Depressão - De acordo com recente pesquisa realizada pela MIND, entre pessoas que sofrem de depressão, muitas sentiram-se melhor após uma dieta rica em bananas. Isto porque a banana contém "trypotophan" , um tipo de proteína que o organismo converte em seratonina, reconhecida por relaxar, melhorar o humor e, de modo geral, aumentar a sensação de bem estar.
Ressaca - Uma das formas mais rápidas de curar uma ressaca é fazer uma vitamina de banana com leite e mel. A banana acalma o estômago e, com a ajuda do mel, eleva o baixo nível de açúcar, enquanto o leite suaviza e reedrata o sistema.
Azia - As Bananas têm efeito antiácido natural. Se você sofre de azia, experimente comer uma banana para aliviar-se.
Enjoo matinal - Comer uma banana entre as refeições ajuda a manter o nível de açúcar no sangue elevado e evita as náuseas.
Picadas de mosquito - Antes de usar remédios, experimente esfregar a parte interna na casca da banana na região afectada. Muitas pessoas têm resultados excelentes em reduzir o inchaço e a irritação.
Nervos - As Bananas contêm elevado teor de vitamina B, que ajuda a acalmar o sistema nervoso.
Excesso de peso e Stress do trabalho - Estudos do Instituto de Psicologia, na Áustria, mostram que a pressão no trabalho leva à excessiva ingestão de comidas, como chocolate e biscoitos. Examinando 5 mil pacientes em hospitais, pesquisadores concluíram que os mais obesos eram os que tinham trabalhos com maior pressão. O relatório concluiu que, para evitar a ansiedade por comida, precisa-se controlar os níveis de açúcar no sangue.
TPM - Esqueça as pílulas e coma banana. Ela contém vitamina B6, que regula os níveis de glicose no sangue, que afetam o humor.
Úlcera - Usada na dieta diária contra desordens intestinais, é a única fruta crua que pode ser comida sem desgaste em casos de úlcera crónica. Também neutraliza a acidez e reduz a irritação, protegendo as paredes do estômago.
Controle de temperatura - Muitas culturas vêem a banana como fruta 'refrescante', que pode reduzir tanto a temperatura física como a emocional de mulheres grávidas. Na Tailândia, por exemplo, as grávidas comem bananas para os bébés nascerem com temperatura baixa.
Desordens Afetivas Ocasionais - A banana auxilia os que sofrem de DAO, porque contêm um incrementador natural do humor, o "trypotophan".
Fumo - As bananas podem ajudar as pessoas que estão a deixar de fumar, porque os seus elevados níveis de vitaminas C, A1, B6 e B12, além de Potássio e Magnésio, ajudam o corpo a se recuperar dos efeitos da retirada da nicotina.
Stresse - Potássio é um mineral vital, que ajuda a normalizar os batimentos cardíacos, levando oxigênio ao cérebro e regulando o equilíbrio de água no nosso corpo. Quando stressados, a taxa metabólica eleva-se, reduzindo os níveis de Potássio, que podem ser reequilibrados com a ajuda da banana.
Enfarte - De acordo com pesquisa publicado no Jornal de Medicina de New England, comer bananas regularmente pode reduzir o risco de morte por enfarto em até 40% !
Verrugas - Os naturistas afirmam que se quiser eliminar verrugas, basta colocar a parte interna da casca de banana sobre elas e prendê-la com gase ou fita cirúgica.
Regulação dos níveis de carbohidratos - Comendo alimentos ricos em carboidratos, como bananas, a cada 2 horas, mantém-se estável o nível de açúcar.


Como vêem, a banana é um remédio natural contra muitos problemas. Comparada à maçã, tem: 4 vezes mais proteína, 2 vezes mais carboidratos, 3 vezes mais fósforo, 5 vezes mais vitamina A e ferro e 2 vezes mais outras vitaminas e sais minerais.
Também é rica em potássio e, como um todo, é um dos alimentos mais valiosos. Então cabe repetir …

"Uma banana ao dia dispensa o médico".


Mas não é por isso que vão deixar de tomar o cafézinho aqui, nem outras guloseimas, pois não?

Para pensar...

Um dia, quando um homem chegou tarde a casa, cansado e irritado após um dia de trabalho, encontrou esperando por si a porta o seu filho de 5 anos.
- Papá, posso fazer-te uma pergunta?
- Claro que sim; o que é?
- Quanto ganhas numa hora?
- Isso não é da tua conta; porque me perguntas isso?! - respondeu o homem zangado.
- ... Só para saber; por favor... vá lá... quanto ganhas numa hora? - perguntou novamente o miúdo.
- Bom... já que queres tanto saber, ganho 10€ por hora.
- Oh!, suspirou o rapazinho baixando a cabeça. - Passado um pouco, olhando para cima, perguntou: Papá, emprestas-me 5€?
O pai, furioso, respondeu:
- Se a razão de tu me teres perguntado isso, foi para me pedires dinheiro para brinquedos caros ou outro disparate qualquer, a resposta é não; e de castigo, vais já para a cama. Vai pensando no menino egoísta que estás a ser. A minha vida de trabalho é dura demais para eu perder tempo com os teus caprichos.
O rapazinho, cabisbaixo, dirigiu-se silenciosamente para o seu quarto e fechou a porta.
Sentado na sala, o homem ficou a meditar sobre o comportamento do filho e ainda se irritou mais; como se atrevia ele a fazer-lhe perguntas daquelas? Como, ainda tão novo, já se preocupava em arranjar dinheiro? Passada mais ou menos uma hora, já mais calmo, o homem começou a ficar com remorsos da sua reacção.
Talvez o filho precisasse mesmo de comprar qualquer coisa com os mil escudos; afinal, até era muito raro o miúdo pedir-lhe dinheiro.
Dirigiu-se ao quarto do filho e abriu devagarinho a porta.
- Já estas a dormir? - Perguntou.
- Não papá, ainda estou acordado, respondeu o miúdo.
- Estive a pensar... Talvez tenha sido severo demais contigo - disse o homem. Tive um longo e exaustivo dia e acabei por desabafar contigo; toma lá os 5€ que me pediste.
O rapazinho endireitou-se imediatamente na cama, sorrindo:
- Oh, papá! Obrigado!
E levantando a almofada, pegou num frasco cheio de moedas.
O pai, vendo que o rapaz afinal tinha dinheiro, começou novamente a ficar zangado.
O filho começou lentamente a contar o dinheiro, até que olhou para o pai.
- Para que queres mais dinheiro se já tens aí esse? - resmungou o pai.
- Porque não tinha o suficiente; agora já tenho! - respondeu o rapaz. - Papá, agora já tenho 10€, já posso comprar uma hora do teu tempo, não posso? Por favor, vem uma hora mais cedo amanhã; gostava tanto de jantar contigo...

Italiana

Sempre foi algo que me fez espécie e que ninguém me sabe responder... porque carga de água se chama "Italiana" a um café curto?
Se formos ao Porto e pedirmos um "Cimbalino"... eu compreendo.
Se falarmos em "expresso", também percebo...

agora "italiana"? porquê italiana para uma bica pequena? Porque não uma chinesa, porque essas sim, são pequeninas... alguém me explica?

Isto tudo porque alguém me pediu uma italiana....

segunda-feira, abril 17, 2006

Vamos ver se o cafézito vai funcionar melhor, ainda não está a equipa de trabalho formado porque os sócios ainda não "largaram" a massa, mas pelo menos para alegrar o espaço, vamos rir... aproveitar a época e o espirito pascoal.


Pai, o que é Páscoa?
- Ora, Páscoa é ...... bem, é uma festa religiosa!
- Igual ao Natal?
- É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.
- Ressurreição?
- É, ressurreição! ... Marta, vem cá!
- Sim?
- Explica a esta criança o que é ressurreição para eu poder ler o meu jornal descansado.
- Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendido?
- Mais ou menos........ Mamã, Jesus era um coelho?
- Que é isso menino? Não me diga uma coisa destas! Coelho! Jesus Cristo é o Pai do Céu! Nem parece que este menino foi baptizado! Jorge, este menino não pode crescer assim, sem ir à missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele diz uma asneira destas na escola?
- Deus me perdoe! Amanhã vou matricular este fedelho na catequese!
- Mamã, mas o Pai do Céu não é Deus?
- É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Vai estudar isso na catequese. É a Trindade! Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
- O Espírito Santo também é Deus?
- É sim.
- E Fátima?
- Sacrilégio!!!
- É por isso que na Trindade fica o Espírito Santo?
- Não! Não é o Banco Espírito Santo que fica na Trindade, meu filho. É o Espírito Santo de Deus. É uma coisa muito complicada, nem a mamã entende muito bem, para falar a verdade nem ninguém, nem quem inventou esta asneira a compreende. Mas se perguntar à catecista ela explica muito bem!
- Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?
- (gritando) Eu sei lá! É uma tradição. É igual ao Pai Natal, só que em vez de presentes, ele traz ovinhos.
- O coelho põe ovos?
- Chega! Deixa-me ir fazer o almoço que eu não aguento mais!
- Pai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?
- Era, era melhor, ou então peru.
- Pai, Jesus nasceu no dia 25 de Dezembro, não é? Que dia que ele morreu?
- Isso eu sei: na sexta-feira santa.
- Que dia e que mês?
- ??????? Sabes que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na sexta-feira santa e ressuscitou três dias depois, no sábado de aleluia.
- Um dia depois portanto!
- (gritando) Não, filho
- três dias!
- Então morreu na quarta-feira.
- Não! Morreu na sexta-feira santa... ou terá sido na quarta-feira de cinzas?
- Ah, miúdo, já me confundiste!!! Morreu na sexta-feira e ressuscitou no sábado, três dias depois! Como!?!? Como!?!? Pergunte à sua professora da catequese!
- Pai, então por que amarraram um monte de bonecos de pano na rua?
- É que hoje é sábado de aleluia, e a aldeia vai fingir que vai bater em Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.
- O Judas traiu Jesus no sábado?
- Claro que não! Se ele morreu na sexta!!!
- Então por que eles não lhe batem no dia certo?
- É, boa pergunta.
- Pai, qual era o sobrenome de Jesus?
- Cristo. Jesus Cristo.
- Só?
- Que eu saiba sim! Porquê?
- Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele tinha no apelido Coelho. Só assim esta coisa do coelho da Páscoa faz sentido, não acha?
- Coitada!
- Coitada de quem?
- Da sua professora da catequese...

terça-feira, março 28, 2006

Coçar onde é preciso

A cultura de um país pode ser medida?
Sim, pode... não temos é números tão pequenos para o medir a nossa cultura, uma sociedade de consumo imediato, conforme cantavam os Táxi nos idos anos 80.
É realmente importante que se divulgue mais o teatro.
Pude finalmente ver a peça de José Pedro Gomes, e é incrivel como um homem só, consegue animar daquela forma uma plateia ansiosa de uma gargalhada mais.
Foram bem empregues as duas horas passadas naquela cadeira, descontraindo e aliviando a bilis com uma gargalhada mais.
Só é pena que... e algumas das observações do "Zézé" lembraram-nos isso, os teatros sejam ainda e cada vez mais locais de encontros de VIP e estrelas, e os que mais poderiam contribuir para que o teatro não morresse continuem a "implorar" um cantinho onde poderem ver uma representação assim.
É pena que, realmente coloquem pessoas incompetentes nos cargos de direcção da Cultura em Portugal, para depois mandarem para a reforma quem tanto tem para ensinar ainda, que fechem teatros e desfaçam companhias.
O auditório não era grande, o que tornava o espectáculo ainda melhor, mas é pena que dos 160 lugares, 80 tivessem sido para convites. E quem foi convidado?
Pois é... nenhum dos idosos, ou pessoas com maiores dificuldades económicas ou de deslocação à capital para poder tirar partido de um espectáculo assim.
Contudo, tenho que aplaudir a iniciativa e apenas pedir... MAIS!

Felizmente continuamos a contar com um bom e maravalhiso grupo de actores de teatro que não baixaram os braços... um bem hajam!
E mais, temos a apaludir um grande número de jovens que tem abraçado o teatro e aos quais também quero aplaudir. Principalmente a eles.

sexta-feira, março 24, 2006

Factos Curiosos sobre a Cerveja

A Cerveja, no conjunto de todas as bebidas mais bebidas no mundo é a terceira mais consumida, pasme-se, depois do café e do leite.
Apesar de ter sido com a religião que começou a fazer-se a cerveja, também foi a religião que inibiu a produção nos países islâmicos e sendo posteriormente a religião que monopolizou a produção em muitos países da Europa.
Achados arqueológicos demonstraram que os Sumérios já produziam cerveja, isso foi revelado por uma placa de barro que continha o Hino a Ninkasi (2600-2350 a. C.) a deusa da cerveja, que não é mais que uma receita de cerveja.
Os escritos Sumérios, falavam já de “taberneiras” e a mais famosa é citada na Epopeia de Gilgamesh (3º milénio a C.), a Siduri, que representava o limite entre o mundo civilizado e o mundo desconhecido em que o herói sumério mergulhava.
Também no período babilónico já se contavam cerca de duas dezenas de diferentes tipos de cerveja, com base em diferentes combinações de plantas aromáticas e no maior ou menor emprego do mel. Também o mais antigo texto jurídico conhecido, O Código de Hammurabi (rei babilónico, 1792-1750 a. C. ), incluía várias leis alusivas ao fabrico, comercialização e consumo de cerveja, como os direitos e deveres atribuídos aos clientes e às “taberneiras”.
No antigo Egipto a cerveja foi um produto criado e muito popular porque, segundo Athenaeus foi “inventada para ajudar aqueles que não tinham com que pagar o vinho”. Mas o certo é que em muitos testemunhos artísticos e escritas hieroglíficas ficamos a saber da apetência dos egípcios pelo henket, ou zythum, verdadeira bebida nacional, preferida por todas as camadas sociais. Ramsés III (1184-1153 a. C.), também conhecido por “faraó-cervejeiro”, doou as sacerdotes do Templo de Amón 466.308 ânforas (c. de 1.000.000 litros) de cerveja proveniente das suas cervejeiras.

Mais Receitas

E que tal uns tomates assados?

Tomates assados com alho
4 colheres de sopa de azeite
6 tomates redondos cortados ao meio
1 dente de alho muito bem picado
3 colheres de sopa de salsa fresca picada
25 gr. de pão ralado
sal e pimenta-preta acabada de moer

Aqueça o azeite numa frigideira. Junte-lhe os tomates com os lados cortados voltados para baixo e frite-os durante 6 minutos, voltando-os passados 4 minutos.
Coloque num prato próprio para ir ao forno e polvilhe com sal e pimenta a gosto, a salsa, o alho e o pão ralado. Regue com o azeite que ficou na frigideira.
Coza no forno, previamente aquecido a 180 graus, durante 40 minutos.

sexta-feira, março 17, 2006

Tipos de Cerveja

Para “ignorantes” da cerveja como era o meu caso, os tipos de cerveja são basicamente, “loira”, preta e mais recentemente, ruiva. Mas existem pelo menos 43 tipos de cerveja sendo os principais fabricantes os seguintes países: Inglaterra, Escócia, Alemanha, Bélgica, EUA e França.
Existem as menos graduadas como a Mild ale (Inglaterra), de graduação entre 2,5º e 3º, ou a Weissebier (Berllim, Alemanha) com cerca de 2,5º, e outras realmente fortes como a abadia (Bélgica) com um teor de alcoól entre os 5º e os 10º e a Eisbock (Dortmund, Alemanha) com cerca de 8º a 12º de graduação.
Embora pareça recente este tipo de cerveja que agora “invadiu” o nosso mercado, de cervejas com sabor a frutas, esse tipo de produto já foi criado logo nos tempos antigos, tendo sido incrementado os sabores segundo as épocas, podendo ser adoçadas com framboesas ou outro tipo de frutos.
Um outro aspecto a mencionar é o facto de a “criação” mais recente ser também a mais imitada pelos países com história recente de cerveja, a Pils ou Pilsner, que deve o seu nome ao facto de ter sido criada na cidade Plzen, na Boémia (Rep. Checa) em 1842. É de cor pálida, baixa fermentação e feita com água sem sais minerais, onde as outras primavam.

A Cerveja

Finalmente vamos passar à cerveja.
Estes posts serão baseados no livro de Manuel Paquete, “A cerveja no Mundo e em Portugal” e, como é óbvio, serão apenas apresentados aqui alguns aspectos peculiares e interessantes acerca deste “néctar dos deuses”, conforme era considerado entre algumas civilizações. Este produto obtido da fermentação do cereal, que possivelmente aconteceu por acaso, era considerado de tão alto valor que em civilizações como o Egipto, chegou a ser produzido em quantidades elevadíssimas apenas para “satisfação” dos deuses.
Pelo conhecimento que se tem, a forma de fermentação para obtenção da cerveja já está documentada há cerca de 5.000 anos.
Basicamente, para se obter a cerveja só será necessário o malte, a água, o lúpulo e a levedura. A água, de aparente importância secundária constitui cerca de 90% de qualquer cerveja.

Lagani Auna


















Ou a árvore anual.
Esta árvore das zonas tropicais, tem uma característica única: em tempo de seca ela praticamente está morta, mas depois, às primeiras chuvas ela floresce assim esplendorosa.
Podemos aprender uma lição da lagani auna, também conhecida como flamboaiã. De acordo com algumas autoridades, ela é considerada uma das cinco mais belas árvores do mundo que dão flor. Embora perca as flores e folhas durante a estação da seca, a árvore reserva um suprimento de água. Suas raízes são fortes e podem crescer em volta de rochas que se encontram na profundeza do solo, possibilitado-lhe resistir a ventos fortes. Resumindo, ela viceja por tirar o máximo proveito das circunstâncias difíceis.

Com certeza nós também passamos dificuldades, mas se sempre tivermos onde nos agarrar nos momentos difíceis, mais tarde tudo isso será como água fresca para nos fazer florir.

quinta-feira, março 16, 2006

Provérbios e outros ditos

É engraçado pensar nos provérbios e ditos populares, e algumas frases ditas e reflectidas por alguém que mostrou sapiência, mas mais engraçado é vermos como muitas vezes estão realmente certos. Por exemplo, um provérbio chinês diz, “não dês um peixe a um pobre, ensina-o a pescar”, e é verdade, se lhe dermos ele vai continuar a pedir e vai continuar a ter fome, se lhe ensinarmos vai aprender a conseguir o que pretende, como em tudo na vida.
Outros existem que terão também alguma coisa para nos ensinar, mas vou começar a colocar aqui alguns só pelo prazer de saber o que vocês pensam.

Assim o primeiro que aqui vou deixar é este:
Quando faltam músculos dos braços às pessoas, sobram-lhe língua” – Miguel Delibes

quarta-feira, março 15, 2006

AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO

Numa classe, a professora pediu aos alunos que listassem o que, para eles, seriam as "Sete Maravilhas do Mundo" nos dias de hoje.
Após algumas discussões, as que receberam os maiores votos foram:
1. As grandes pirâmides do Egito
2. Taj Mahal
3. Grand Canyon
4. Canal do Panamá
5. Empire State
6. Basílica de St. Peter
7. As Muralhas da China

Enquanto os votos eram recolhidos, a professora notou que uma aluna não tinha entregado sua lista ainda. Então ela perguntou se a garota estava tendo algum problema. A menina respondeu: "Sim, um pouco. Eu não consigo completar a lista, há tantas maravilhas no mundo!"
A professora disse: "Bom, então me diga o que você escreveu e talvez eu possa ajudar você".
A garota pensou um pouco e então disse:
"As Sete Maravilhas do Mundo são:

1. VER
2. OUVIR
3. TOCAR
4. PROVAR
5. SENTIR
6. RIR
7. AMAR

O silêncio que se seguiu foi tão grande que mal se ouviam as respirações.

As coisas que nos foram doadas e que negligenciamos por serem simples e comuns são as verdadeiras maravilhas do mundo!

Mais Receitas

Ups! Parece que botei tudo menos a receita. Mas também quem é que não sabe fazer a bela da açorda?
De qualquer forma aqui fica:
1 molho de coentros ou poejos
3 dentes de alho
0,5 dl de azeite
sal grosso
Pão
(alentejano, é evidente)

Sugestões (facultativas) para variantes:
Bacalhau
Pescada
Ameijoas Pimentão verde
Ovos Sardinhas Uvas Figos Abrunhos Azeitonas


Como Fazer:
1 . Põe-se ao lume uma panela com água e deixa-se estar até ferver.
2 . Enquanto a água está ao lume, juntam-se num almofariz (a que os alentejanos chamam vulgarmente gral) os coentros, os poejos (também se pode optar por uma mistura dos dois: combinam muito bem, mas há quem não goste), os dentes de alho e o sal.
3 . Pisa-se tudo muito bem, até se obter uma papa.
4 . Coloca-se esta papa, juntamente com o azeite, no fundo de uma terrina, e sobre tudo verte-se água a ferver em quantidade bastante para o caldo.
5 . Colocam-se as sopas de pão dentro do caldo, espera-se um pouco e serve-se.

N.B. – Deve saborear-se devagar. Aconselha-se um bom vinho alentejano.

Esta é a receita base da açorda alentejana, há depois as variantes, mais ricas, e nestes casos pode fazer-se com a água da cozedura dos ingredientes facultativos acima. Também pode juntar pimentão verde, cortado em tiras finas.
Para torná-la ainda mais rica, pode ser acompanhada pelos ingredientes e frutos acima mencionados.
E pronto, está feita a açorda. Esta comida afrodisíaca. Como já deve estar pronto a servir um bom vinho alentejano, falta que os dois se sentem à mesa, um em frente do outro.
A açorda deve comer-se quente, mas não tenham pressa excessiva.

terça-feira, março 14, 2006

Mais Receitas


Esta, devo-vos dizer que até a mim me espantou e por isso vou postá-la aqui.
É talvez a receita mais simples que alguma vez se inventou e penso que todos devem saber fazê-la.
A Açorda Alentejana é o símbolo mais conhecido e talvez mais perfeito da cozinha alentejana – simples e criativa como nenhuma outra. “Do pouco que tem faz o alentejano prodígios, contribuindo com alta inventiva culinária na confecção de verdadeiros pratos típicos" escreve Manuel Mendes no seu “Roteiro Sentimental – A Sul do Tejo
E porque me espantou?
Porque esta receita vem no livro “Receitas Afrodisíacas & Desenhos eróticos” de Afonso Praça & Francisco Simões.
Daí que a questão que se levante seja: a açorda alentejana afrodisíaca?
A resposta será retirada como citação desse mesmo “manual” e será aqui transcrita na integra.
As circunstâncias que podem rodear a sua confecção, e sobretudo os seus ingredientes, levam a responder afirmativamente: é afrodisíaca, sim senhor, e muito.
Mas nada disto é de estranhar, se se disser que tanto os coentros como os poejos são conhecidos desde a antiguidade como afrodisíacos. A notícia mais antiga do uso do coentro (
Coriandrum sativum) tem mais de cinco mil anos e vem da china. É plata muito aromática. O seu nome vem do grego Koris (percevejo), em nítida alusão ao cheiro das suas folhas quando frescas.
Sabe-se que os Egípcios já conheciam a planta: em muitas sepulturas do Antigo Egipto foram encontradas sementes de coentros. E tanto os Gregos como os Romanos utilizavam-na em receitas de culinária, na preparação de bebidas e também em medicamentos, juntamente com o alho. Foram os romanos que divulgaram na Europa o coentro, que na Idade Média já era muito conhecido na Grã-Bretanha e na França. Os franceses utilizavam as suas sementes em bebidas à base de vinho, doces, sopas e carnes, e sobretudo na preparação de licores.
As folhas do coentro são muito semelhantes às da salsa, embora mais escuras, mais grossas e mais recortadas. São estas folhas que a cozinha regional portuguesa utiliza, nomeadamente na açorda alentejana e para temperar saladas.
Quanto ao poejo (
Mentha Pulegium), tem também um cheiro intenso (ainda mais do que o coentro), a fazer lembrar o da hortelã-pimenta. O poejo é, aliás, uma das espécies de menta. Todas elas apresentam um sabor forte, e a mais conhecida é a hortelã (Mentha viridis), muito frequente nas cozinhas portuguesas. O mesmo acontece com a Mentha piperita (hortelã-pimenta), da qual se extrai o mentol.
E a propósito de poejos e coentros, outra erva largamente afrodisíaca é a segurelha (
Satureia hortensis), também já conhecida no Antigo Egipto. Virgílio recomendou-a aos seus contemporâneos, e Ovídio faz-lhe referência na “Arte de Amar”. Há filósofos que dizem que a palavra “sátiro” vem de “satureia”. A questão está fora do âmbito desta prosa, mas sempre se adianta que, pelo menos parece pertencer ao mesmo campo semântico

Técnicas de Cozinha

Porque a cozinha não é o mundo exclusivo das mulheres, aqui ficam algumas dicas para os meus amigos que de vez em quando têm de por o avental.
Tirar o fio ao feijão verde – Quantas vezes cortaram a ponta dos dedos e ficaram deveras chateados de horas de volta de uma coisa verde que chateou tanto para arranjar que até parece que nem vai saber bem. Pois aqui têm a oportunidade de impressionar a querida. Ponham a ferver o feijão verde inteiro durante 6 min., em pouca água. Escorram e deixem arrefecer, agora é só cortar uma ponta e ver como é simples tirar o fio ao feijão.
Pelar o tomate – outra das desgraças da cozinha. Pois bem, o fosso martírio esta a chegar ao fim. A partir de agora essa vai ser a tarefa mais simples das refeições complicadas. Façam um pequena cruz em cada tomate e ponham-nos de molho em água fervente durante 2-3 minutos. Retirem-nos da água e deixem arrefecer, e ... voilá! Quase que se despem sozinhos. No caso de serem ainda um pouco verdes é deixar de molho um pouco mais.

Vai uma receita?

Como neste cafézinho, também se prima pelo que se come, de vez enquanto terá de surgir nas nossas conversa uma receitas, é certo que anteriormente já cá apareceram, mas desta vez deixamos mesmo a receita, sem volteios nem conversas... como esta que já se alonga.
Tomemos então o caminho da cozinha para as primeiras receitas, que penso já serem para aí a 5ª?
Como tem sido anunciado, os dias são de sol e dentro em breve a primavera nos bafejará com oportunidades de colocar a mesa na varanda e comer uma bela e fresca salada, por isso deixo aqui uma entrada, uma salada e um acompanhamento:

Entrada rápida e colorida – intercalando fatias de tomate, queijo mozarela e abacate. Tempere com azeite e pimenta-do-reino e enfeite com folhas de manjericão.

Salada grega – tomate cortado em gomos, pepino, queijo feta, azeitonas pretas e cebola roxa fatiada. Tempere com sal e pimenta e sirva com um molho de azeite e sumo de limão.

Salsa mexicana (acompanhamento) – pique tomates frescos, cebola, pimenta-malagueta e folhas de coentros. Tempere com um pouco de limão-galego e misture bem.

Bom Apetite.

O TOMATE E A SAÚDE

O tomate é uma grande fonte de vitaminas A, C e E, potássio, cálcio e sais minerais. È também uma excelente fonte de licopeno, antioxidante, que pelo que consta, diminui o risco de certos cancros e de doenças cardíacas.
A sua composição é entre 93% e 95% de água.
E para alegria dos que vigiam o peso, tem pouquíssimas calorias.

O Tomate - um pouco de história

O tomate foi introduzido na Europa, pelos espanhóis, que o trouxeram do México.
Em pouco tempo o tomate se tornou popular na Itália, na África do Norte e no Ocidente médio, através de encraves espanhóis.
Em meados do sec. XVI, o tomate chegou ao norte da Europa, mas o arbusto era meramente decorativo, pois achavam que era venenoso.
É provável que o tomate introduzido na Europa fosse amarelo, pois os italianos o chamavam de pomodoro (maçã de ouro), os ingleses o chamavam de tomate alterando mais tarde para tomato, mas o termo loveapple (maçã do amor) também pegou.

Além de ser uma “hortaliça” muito versátil o tomate não existe só na sua forma arredondada e vermelha.
Existem os de cor amarela (yellow pear – são em forma de pêra com 2,5 a 5 cm de comprimento e um diâmetro aproximado de 2,5 cm na parte mais larga. As descrições sobre o seu sabor varia entre o “maravilhoso” a “ligeiramente ácido” e de “sabor a limão” a “encantador, agradável e suave”), cor-de-laranja (Golden boy – frutos grandes, com cerca de 5 a 7 cm de diâmetro e chegam a pesar 500gr. Possuem uma bela cor laranja-dourada-escura, tornando-os muito atraentes para saladas), rosa (Ponderosa Pink – variedade americana muito popular, com grandes frutos que rondam os 750 gr cada. São sólidos, firmes e carnudos. Muito doces, com sabor suave e de um invulgar rosa-purpura.), marron, branco e verde e alguns estriados. Alguns são achatados, outros compridos; existem os pequenos como ervilhas ( Sweet 100) e os do tamanho de um punho fechado.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

As coisas Boas da vida

Pensa bem em cada um dos seguintes pontos antes de passares para o seguinte...
FAR-TE-Á SENTIR BEM, especialmente o pensamento no final.


AS COISAS BOAS DA VIDA

1. Apaixonar-se.
2. Rir tanto até que as faces doam.
3. Um chuveiro quente.
4. Um supermercado sem filas.
5. Um olhar especial.
6. Receber correio.
7. Conduzir numa estrada linda.
8. Ouvir a nossa música preferida no rádio.
9. Ficar na cama a ouvir a chuva cair lá fora.
10. Toalhas quentes acabadas de serem brunidas.
11. Encontrar a camisola que se quer em saldo a metade do preço.
12. Batido de chocolate(ou baunilha) (ou morango).
13. Uma chamada de longa distância.
14. Um banho de espuma.
15. Rir baixinho.
16. Uma boa conversa.
17. A praia.
18. Encontrar uma nota de 20 euros no casaco pendurado desde o último inverno.
19. Rir-se de si mesmo.
20. Chamadas à meia-noite que duram horas
21. Correr entre os jactos de água de um aspersor.
22. Rir por nenhuma razão especial.
23. Alguém que te diz que és o máximo.
24. Rir de uma anedota que vem à memória.
25. Amigos.
26. Ouvir acidentalmente alguém dizer bem de nós.
27. Acordar e verificar que ainda há algumas horas para continuar a dormir.
28. O primeiro beijo (ou mesmo o primeiro ou o primeiro com novo parceiro).
29. Fazer novos amigos ou passar o tempo com os velhos.
30. Brincar com um cachorrinho.
31. Haver alguém a mexer-te no cabelo.
32. Belos sonhos.
33. Chocolate quente.
34. Fazer-se à estrada com amigos.
35. Balancear-se num balancé.
36. Embrulhar presentes sob a árvore de Natal comendo chocolates e bebendo a bebida favorita .
37. Letras de canções na capa do CD para podermos cantá-las sem nos sentirmos estúpidos.
38. Ir a um bom concerto.
39. Trocar um olhar com um belo desconhecido.
40. Ganhar um jogo renhido.
41. Fazer bolachas de chocolate.
42. Receber de amigos biscoitos feitos em casa.
43. Passar tempo com amigos íntimos.
44. Ver o sorriso e ouvir as gargalhadas dos amigos.
45. Andar de mão dada com quem gostamos.
46. Encontrar por acaso um velho amigo e ver que algumas coisas boas ou más) nunca mudam.
47. Patinar sem cair.
48. Observar o contentamento de alguém que está a abrir um presente que lhe ofereceste.
49. Ver o nascer do sol.
50. Levantar-se da cama todas as manhãs e agradecer outro belo dia.

Isto era uma corrente, mas como não gosto muito disso passo a todos os que o lerem, poorque realmente nos faz sentir bem...


Bom FDS...

A 2ª postagem

Este conto parece ter origem anónima, circulou a Internet e acabou no final do livro de Jorge Bucay e Silvia Salinas, “Amar de Olhos Abertos”.

Era uma vez, num povoado muito pequeno, um homem que trabalhava como aguadeiro. Por aquela época, a água não saía pelas torneiras, mas estava no fundo de poços abertos perto do povoado, aquele que não quisesse ir buscar água pessoalmente deveria comprá-la a um dos aguadeiros que, com grandes cântaros, iam e voltavam ao povoado como o precioso liquido.
Uma manhã um dos cântaros rachou e começou a perder água pelo caminho. Ao chegar ao povoado, os compradores pagaram-lhe as habituais 10 moedas pelo cântaro da direita, mas apenas 5 pelo conteúdo do outro que mal chegava a metade.
Comprar um cântaro novo era demasiado caro para o aguadeiro. Por isso, decidiu que deveria apressar o passo para compensar a diferença de dinheiro que recebia.
Durante dois anos o homem continuou a ir e a vir em passo firme, levando água ao povoado e recebendo as suas quinze moedas como paga por um cântaro e meio de água.
Uma noite foi despertado por um “pst” na sua casa:
- Pssst... Pssst...
- Quem anda aí? – perguntou o homem.
- Sou eu – disse uma voz que saía do cântaro rachado.
- Porque me acordas a estas horas?
- Suponho que se te falasse de dia e em plena luz do dia, o susto impedir-te-ia de me ouvir. E preciso que me ouças.
- Que queres?
- Quero pedir-te que me perdoes. Não foi culpa minha a fenda por onde a água escorre, mas sei o quanto te prejudiquei. A cada dia, quando chegas ao povoado cansado e recebes pelo meu conteúdo metade do que recebes pelo meu irmão, tenho vontade de chorar. Eu sei que me devias ter trocado por um cântaro novo e atirado-me fora. E, no entanto, mantiveste-me ao teu lado. Quero agradecer-to e pedir-te mais uma vez que me desculpes.
- É engraçado que me peças desculpa – disse o aguadeiro. – amanhã bem cedo, sairemos juntos tu e eu. Quero mostrar-te uma coisa.
O aguadeiro continuou a dormir até a alvorada. Quando o sol assomou no horizonte, agarrou na vasilha rachada e foi com ela ao rio.
- Olha – disse ele ao chegar, apontando para a cidade – O que é que estás a ver?
- A cidade – disse a vasilha.
- E que mais? – perguntou o homem.
- Não sei... o caminho – respondeu a vasilha.
- Exacto. Olha para os dois lados da vereda. O que é que estás a ver?
- Vejo a terra seca e o cascalho do lado direito do caminho e os canteiros de flores do lado esquerdo – disse a vasilha que não entendia o que o dono lhe queria mostrar.
- Durante muitos anos percorri este caminho triste e solitário, levando a água até ao povoado e recebendo a mesma quantidade de moedas por ambos os cântaros... mas um dia notei que te tinhas rachado e que perdias água. Eu não podia trocar-te, por isso tomei uma decisão: comprei sementes de flores de todas as cores e semeei-as de ambos os lados do caminho. Em cada viagem que fazia, a água que derramavas regava o lado esquerdo da vereda e, nestes dois anos, conseguiste criar esta diferença.
O aguadeiro fez uma pausa e, acariciando a sua leal vasilha, disse-lhe:
- E estás a pedir-me desculpa? Que importam algumas moedas a menos se graças a ti e à tua fenda as cores das flores me alegram o caminho? Sou eu que devo agradecer o teu afecto.

Livros

Não tenho por habito comentar na blogoesfera acerca de literatura, embora leia bastante, mas neste caso tenho que o fazer.
Estive a ler um livro que me surpreendeu em muitos aspectos e por isso trago-o aqui à atenção por duas razões... esta agora, e outra que será postada mais tarde.

A razão de agora prende-se com o facto de este livro ter um interior tudo nada diferente da espectativa do tema.

O tema do livro é "Amar de olhos abertos" de Jorge Bucay e Silvia Salinas.
A capa fala de um romance na "porta" aberta da internet...

Nã, não é nada disso. Antes é uma forma de nos compreendermos e tentarmos compreender o outro. É deveras um romance, mas acima de tudo um livro de reflexão.

O mais interessante disto é que o final do livro resultou num site de conversas entre casais e sobre casais. O relacionamento, o entendimento e muito mais.

A visitar... http://www.amarseconlosojosabiertos.com/

e se puderem ler a obra melhor.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006


-Olha a minha vizinha Joana, como se fez cliente aqui, vou oferecer-lhe um copo de Cranberry.
- Boa gosto desses...
- Gostas? ... Ah! O grupo... não, falo das frutinhas que pulam.
- Frutinhas que pulam? Não sabia que se chamavam assim, mas sei o que são Cranberrys. Os americanos falam muito disso, nos filmes e até há tarte disso, não é?
- Exactamente, tal como o sumo, que é óptimo contra os efeitos dos radicais livres e composto de multivitaminas. Mas eu explico porque de serem chamadas de “frutinhas que pulam”.
A Cranberry, que pode ser vermelha ou branca, são umas frutinhas pequeninas, com 4 bolsinhas de ar no interior, que são a melhor descoberta que os agricultores podiam ter feito. Essas bolsas facilitam na colheita. Porquê?

Porque os campos onde existem os plantios são inundados, depois os arbustos são abanados e as frutas maduras caiem, e por causa dessas bolsinhas, ficam a boiar, além de ser logo um excelente método de selecção das frutas boas, facilitam o transporte visto que ficam a boiar. Daí que alguns achassem que a Cranberry só crescia nos pantanos, mas não.
Agora o facto de se chamarem de “frutinhas que saltam” deve-se ao facto, segundo a lenda, de um agricultor, inadvertidamente ter derrubado um balde de fruta pela escada e ficou admirado que as frutas maduras, foram saltando degrau a degrau e as frutas podres estancavam nos degraus onde caiam, uma vez que as suas bolsinhas tinham perdido o ar. Essa foi a forma de descobrir as frutas boas e as más.
- Que gira essa história. E agora venha lá esse sumo, já agora vamos ver se é bom.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

A beleza em Pedra

Quem poderia dizer que um pedaço rugoso de minério poderia ser tão perfeito e belo?
Um dos maiores tesouros que existe no mundo é tão somente o ceptro real britânico.
E porque?
Porque esse ceptro é adornado com a maior pedra preciosa já mais recolhida pelo homem.
A “Estrela de África”.
Esta pedra foi lapidada a partir do maior diamante bruto, recolhido nas minas Premier, em África, em 1903.
Pesava 3.106 quilates e foi chamada de Pedra de Cullinan, o nome do proprietário da mina. Essa pedra deu origem a 9 pedras grandes, entre elas a já citada e mais 96 pequenas.

O Diamante

Alguns factos

  • O diamante é a substância mais dura conhecida pelo homem (tinha quase a certeza que era a minha cabeça. Até já me tinham dito que é mesmo dura, dura...!!)
  • O diamante é feito de carbono, a mesma matéria que o grafite do lápis. (Iuhu! Estou milionário!) Porque então o diamante é duro e o grafite mole? Isso deve-se á forma como os átomos de carbono estão dispostos. Assim, mais mole, menos vale. (Pronto, fica-me o consolo de escrever com o primo – do diamante, claro!)
  • Os diamantes são pesados em quilates, sendo 1 quilate equivalente a 200 miligramas. (tão pequenino e leve e mexe com as pessoas desta maneira.)
    Em geral, é preciso peneirar e analisar umas 400 toneladas de rocha, cascalho e areia para extrair 1 quilate de diamante. (Isto sim é trabalhar, no duro e para o duro. E no fim os que deixaram lá o suor, não ganham o suficiente para possuir um diamante!)

Diamonds are the girls best friends

Será que sim?
Já pensaram nos milhares de mortes que um só diamante já causou?
E a destruição de paisagens?
Bem, não será uma destruição completa, mas pelo menos, uma completa restruturação da paisagem.

Veja-se o caso do Buraco de Kimberley.
Em apenas 5 anos, entre 1869 e 1873, a população de Kimberley, na África do Sul, aumentou de uns poucos agricultores, para cerca de 50 mil pessoas.
Qual a razão?
A caça aos diamantes.
Muitos milhares percorreram a distância entre o porto da Cidade do Cabo e Kimberley, cerca de 1000 Km, a pé, com as suas pás e picaretas, só para poderem participar nesta caça.
A colina de Kimberley, transformou-se no maior buraco aberto por mãos humanas. A escavação parou aos 240 mt. de profundidade, embora a mineração tenha continuado até aos 1097 mt.
Em 1914, quando a mineração terminou, tinham sido removidos, de acordo com a Enciclopédia Padrão do Sul de África, “25 milhões de toneladas de terra”. Tendo sido daí retirados 3 toneladas de diamantes, num valor de mais de 85 milhões de dólares, segundo a mesma fonte.

As mulheres grávidas e o Sol

O jornal The Sun-Herald, da Austrália, relata que “um número alarmante de mulheres grávidas tem grande deficiência de vitamina D
E porque é alarmante?
Porque a falta desta vitamina pode provocar nos bebés, com falta desta mesma vitamina, pernas arqueadas, convulsões e raquitismo.
Segundo o hospital S. George, em Sidney, constatou que “1 entre 10 mulheres de pele clara e 1 entre 5 de pele escura sofrem de deficiência de vitamina D”.
Ora isto significa então que as mulheres grávidas precisam de cuidados nesse sentido. Como?
Segundo o mesmo jornal “com apenas 10 minutos por dia ou uma hora por semana de exposição solar, podem se atingir os níveis de vitamina D suficientes”.

Então a “barrigudas” estão à espera de quê? Já apanharam os minutinhos de sol?

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Amizades fazem bem ao coração

Literalmente

Segundo um estudo recente, com cerca de 500 mulheres que sofriam de dores no peito, devem ser levados em conta, para o facto, factores como a quantidade de amigos e parentes achegados.
Este estudo revelou que "as que tinham mais dificuldades nos relacionamentos corriam riscos duas vezes maiores de morrer [permaturamente], em comparação com mulheres mais sociáveis". Carl Pepine, co-autor do estudo, diz que mesmo "com um ou dois amigos achegados, detectou-se uma redução no risco [de derrame ou ataque cardíaco]".

Por isso o meu conselho é...

façam amigos, mas facam-nos verdadeiros e achegados.

Um bom coração para vós!

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

recordista das letras.

Mais um nome português para o Guiness!!!

José Carlos Ryoki Inoue, filho de mãe portuguesa e pai brasileiro, nascido e criado no Brasil.
Médico de formação, despediu-se aos 40 anos para se dedicar à escrita, tendo em apenas 6 anos publicado 999 títulos e já tendo desde então aumentado o número para 1072.
Segundo uma reportagem da Revista Sábado, em 1996 um jornalista incrédulo terá testemunhado a elaboração de um livro de 220 páginas em apenas 6 horas.
A velocidade a que este senhor escreve levou a que os seus editores o obrigassem a usar até 39 pseudónimos ao longo da sua carreira.

Isto sim é debitar letras...

In Revista os meus livros, nº 36

E Vivam as nossas Autoridades

Mandaram-me esta piada e não posso deixar de partilhá-la, uma vez que é elogiosa para com o bom senso dos nossos agentes de autoridade.


Vinha o Sócrates e uma comitiva de seguranças a caminhar pela rua quando o 1º Ministro se viu apertado para urinar:
-E agora, companheiros, o que faço ?
-Faça ai mesmo, senhor 1º Ministro, disse um dos seus acessores. A gente faz uma barreirinha !
Nisso, um guarda que passava viu o acto em via publica.
-Aha ! Apanhei-te ! Isto é um atentado ao pudor ! Oh ! Desculpe Senhor 1º Ministro, não vi que era o senhor...
-Não, companheiro, a lei é para todos. O que eu estava a fazer é errado e você vai me multar e até prender se for o caso.
-Senhor 1º Ministro, não vou prender o senhor...
-Vai sim, se estiver na lei.
-Não, não vou...
-Vai !
-Senhor 1º Ministro... o senhor já fez tanta cagada, acha que eu vou prendê-lo por uma mijadinha de nada... ?

domingo, fevereiro 05, 2006


Sakura ou a cerejeira em flor, mais propriamente a flor da cerejeira.
É algo comum e muito bonito no Japão, onde existem milhares de árvores de cerejeira e não pelo valor da madeira para o fabrico de móveis, mas pela beleza efémera das mesmas, que ficam floridas por 2/3 dias, e depois se dá um "nevão" de Sakura.
Este habito de ir ver as cerejeiras em flor começou há centenas de anos, tendo entrado nas tradições japonesas em que fazem o Hanami, ou o ajuntamento de familias para comerem e confraternizarem debaixo dessa beleza única, que dura cerca de 3 meses a percorrer todo o Japão de ponta a ponta.

Nota: e Sim, também é uma ou várias bonecas de BD japonesa. Pode também ser o nome mais comum nas meninas Japonesas, tal como cá era a Maria. E Sakura era o simbola dos Samurai, devido à sua beleza efémera, pelo facto de a flor morrer tão rapidamente e essa era a atitude dos Samurais para com a vida entregue às mãos do imperador.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

O Café e Napoleão

Napoleão, grande consumidor de café, afirma, acerca do mesmo: "o café em abundância desperta-me. Dá-me força, provoca-me um ardor, uma sensação dolorosa que não é isenta de prazer. Prefiro sofrer a ser insensível."

Sakura

Apenas por curiosidade... este será um post para trazer aqui um pouco mais tarde, mas fica a questão:

Sabeis vós o que é a Sakura?

Mais curiosidades sobre o café...

  • O mercado do café dá trabalho a mais de 20 milhões de pessoas no mundo.
  • O consumo diário de café, no mundo, ronda os 500 milhões de chávenas.
  • O povo que mais café consome, no mundo, são os Filandeses.
  • De entre os países da Europa, Portugal é o que apresenta o menor consumo per capita.

Ainda a propósito do café...

... e da ideia que é mau, ou que provoca mal, que como tudo na vida, em excesso pode ser prejudicial.

Voltaire afirmou, a propósito da ideia de o café ser um veneno: "ando a envenenar-me há 50 anos e ainda não morri."

Também o centenário Fontenelle, sobrinho de Corneille e membro da Academia Francesa, era um ferveroso adepto do café. Ao tentarem convencê-lo que o café era um veneno mortal, afirmou: "há 80 anos que o bebo e muito lento deve ser o seu efeito para que eu ainda não tenha morrido."

Gorgeta

Não, não vos vou pedir gorgeta, mas apenas fazer menção de onde surge o termo, que é de origem inglesa TIP e que remonta ao tempo dos primeiros cafés ingleses onde existiam caixas de latão com a inscrição
T
o Insure Promptness
- TIP (para assegurar rapidez),
que convidava os clientes a pagar algum extra pelos serviços.

O chá e o Cancro

Estudos indicam que quem bebe chá verde tende a desenvolver menos cancro e que, até animais que tomam o chá obtêm benefícios similares. Recentemente, pesquisadores da Universidade Purdue, em Indiana, EUA, descobriram uma possivel razão para isso, diz a revista Science News. O EGCg, substância encontrada no chá verde, enibe uma enzima necessária para que as células cancerosas se dividam. Parece que o EGCg não tem o mesmo efeito nas divisões das células normais. No mundo todo, cerca de 80% das pessoas que tomam chá preferem o preto, que contem uma concentração menor de EGCg. Esse facto, dizem os pesquisadores, talvez explique porque ele só tem um décimo a um centésimo da eficácia do chá verde em inibir a reacção enzimática em células cultivadas em tubos de ensaio.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Chá antiviral

Os resultados preliminares de estudos feitos em laboratório revelam que "uma grande quantidade de chás comercializados parece inativar e até matar os virus", relata a Reuthers Health Information. Foram testados vários tipos de chá verde e preto, tanto quentes como gelados, em tecido animal contaminado com vírus como o herpes simples 1 e 2 e o T1 (bacteriano).
Segundo o Dr. Milton Schiffenbauer, pesquisador da Universidade de Pace Nova Iorque, "o chá gelado ou quente destrói ou inativa o vírus [herpes] em alguns minutos". Os resultados foram semelhantes com o vírus T1. Ainda não se sabe como o chá interfere na sobrevivência desses vírus. Os pesquisadores notaram que, mesmo bem diluído, o chá continuava a ser eficaz. O chá preto revelou ter um efeito mais potente que o chá verde.

Mais histórias

O chá é conhecido há muitos anos, por exemplo, temos um poema de Confúcio, escrito 500 AEC, em que ele aludia ao chá e, cerca de 300 anos depois, por volta de 200 AEC, a história fala de um imperador que encheu os seus cofres só com o imposto de chá.

Além disso, conta também uma lenda que um dos discipulos de Buda, um certo Bodhidharma, cria que a verdadeira santidade só podia ser atingida através da constante meditação, dia e noite. Durante uma das suas longas vigilias, o sono finalmente o dominou. Para não sucumbir outra vez diante de uma fraqueza humana tão baixa, ele decepou as suas pálpebras.
Estas cairam no chão e começaram milagrosamente a germinar. No dia seguinte surgiu um arbusto verde. Ele provou as folhas e as achou deliciosamente revigorantes. Naturalmente esta era a planta do chá.

Mas o chá não tem só histórias...

quinta-feira, janeiro 26, 2006

- Bom dia!
- Bom di... é, minina, que se passa?
- É a minha alergia. Desde que cheguei a Portugal, fico assim no inverno. Alergia ao frio.
- Pois não. Se eu tivesse vindo do Brasil, também era alergico de certeza absoluta.
- Não brinca vá. Estou entupida com tanto frio e mofo. Ainda por cima a minha casa é um gelo.
- Então é melhor eu preparar um chá de limão, bem quente, e umas gotinhas de menta. Pode não fazer nada, mas pelo menos o vapor vai ajudar a respirar melhor. Mas isso do mofo, não é sempre mau...
- Qui não é mau, qui nada.
- Claro que não..., pronto eu explico. Estou a brincar. Referia-me ao facto de um dos tratamentos que salvou milhões de pessoas no inicio do sec. XX, surgiu exactamente do Bolor. A penincelina.
- Pois, só podia mesmo estar a brincar comigo.
- Mas olha que não é brincadeira, o bolor não foi e não é, só aplicado na medicina.
- Pronto, já lá vem brincadeira...
- Não. Não é brincadeira. É que, por exemplo, os grandes apreciadores de queijo sabem que o que confere a alguns queijos, como o brie, o camambert, o queijo azul dinamarquês, o gorgonzola, o roquefort e o stiltor, aquele sabor caracteristico é exactamente o bolor, mas não um qualquer, mas sim o do tipo Pinicilium.
- É verdade, mas isso é mesmo só para os apreciadores. Eu não sei se era capaz de comer esses queijos...
- Eu não sou. Garantido. Já o meu filho... não sei. Aquele devora tudo o que sejam queijos. Mas há mais. Por exemplo os vinhos doces, podem atingir uma maturação melhor se as uvas forem colhidas com a quantidade certa de fungos nos cachos. Por isso até para colher as uvas requer saber a altura certa.
- Verdade? Bolor no vinho?
- Exactamente. E para comprovar nada como usar um provérbio dos vinicultores hungaros: "um mofo nobre resulta num vinho de boa qualidade"
- Por acaso, não tem desse vinho aí... é que acho que me fazia melhor que o chá.
- Infelizmente não. Mas posso sempre aquecer um poncho.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Algumas histórias de chá

Conta uma lenda chinesa que no ano 2737 a.C., o imperador Shen Nung descansava sob uma árvore quando algumas folhas caíram em uma vasilha de água que seus servos ferviam para beber. Atraído pelo aroma, Shen Nung provou o líquido e adorou. Nascia aí, o chá.

É bem provável que essa história nem seja verdadeira, mas dá um ar romântico à origem de uma bebida conhecida mundialmente. Esta lenda é divulgada como a primeira referência à infusão das folhas de chá verde, provenientes da planta Camellia sinensis, originária da China e da Índia. Na verdade, o primeiro registro escrito sobre o uso do chá data do século III a.C. O tratado de Lu Yu, conhecido como o primeiro tratado sobre chá com caráter técnico, escrito no séc. VIII, durante a dinastia Tang, definiu o papel da China como responsável pela introdução do chá no mundo.

Os chás... variações

O chá é tradicionalmente classificado em quatro grupos principais baseados no grau de fermentação:

Chá branco - folhas jovens (novos botões que cresceram) que não sofreram efeitos de oxidação; os botões podem estar escudados da luz do sol para prevenir a formação de clorofila.

Chá verde - a oxidação é parada pela aplicação de calor, quer por vapor, um método tradicional japonês, ou por mergulhar em bandejas quentes - o método tradicional chinês).

Oolong (烏龍茶) - cuja oxidação é parada algures entre o chá verde e o chá preto.

Chá preto - oxidação substancial. A tradução literal da palavra chinesa é chá vermelho, o que pode ser usado entre os fãs de chá.


variações pouco comuns - estão disponíveis várias preparações de chá que não se enquadram na nomenclatura usual.

Pu-erh (普洱茶) - Por vezes considerados como uma subclasse de chá preto, pu-erh é um produto muito invulgar. O Pu-erh é, por vezes, descrito como duplamente fermentado: a segunda "fermentação" pode ser ação de micróbios e moldes. Enquanto que a maiorias dos chás são consumidos num ano após a produção, o pu-erh pode ter mais de 50 anos. O chá é normalmente embebido por um longo perídodo de tempo ou até mesmo fervido (os tibetanos são conhecidos por deixá-los a ferver durante a noite). O Pu-erh é considerado como um chá medicinal na China.

Chá amarelo - é usado como um nome de chá de alta qualidade servido na corte imperial, ou de um chá especial processado similarmente ao chá verde, mas com uma fase mais curta para secar.
Chong Cha (虫茶) - literalmente "chá quente", esta espécie é feita a partir de sementes de botões de chá em vez de folhas. É usado na medicina chinesa para lidar com o calor do verão bem como para tratar sintomas de gripe.

Kukicha ou chá de inverno - feita de galhos e folhas velhas twig podadas da planta de chá durante a época dormente e tostado a seco sob o fogo. É popular na mediciona tradicional japonesa e na dieta macrobiótica.

Lapsang souchong (正山小种 ou 烟小种) de Fujian, China, é um chá preto forte que é secado em pinho a arder, logo desenvolvendo um sabor forte a fumo.

Chá Rize - chá preto forte produzido na Turquia, com um sabor distinto e preparação específica, incluíndo pré-aquecimento, servido com açúcar.


in Wikipédia.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

O Chá

Algumas curiosidades:

O chá é a infusão de folhas ou botões da planta Camellia sinensis, geralmente preparado como bebida infusionada com água quente. Ou seja, a palavra chá vem do nome dado à planta, por isso tudo o que sejam infusões de ervas secas são chamadas de chá pelo facto de serem preparados da mesma forma, mas correctamente só se pode chamar chá à bebida extraida desta planta.
Camellia sinensis é um arbusto sempre verde cujas folhas, se não são logo secas depois de apanhadas, rapidamente começam a oxidar. Este processo lembra a maltização da cevada; as folhas ficam progressivamente escuras, assim que a clorofila se quebra. O processo seguinte no processamento é parar o processo de oxidação num estado predeterminado removendo a água das folhas via aquecimento. O termo fermentação foi usado para descrever este processo, mesmo que na verdade nenhuma verdadeira fermentação aconteça (ou seja, o processo não é dirigido por micróbios e não produz etanol).

em Wikipédia, A enciclopédia livre

Hoje, meus amigos, ao contrário do que é habitual, vou ter aqui disponível algumas bebidas fortes, tipo Rum, Vodka, Gin... o que vos aprover... até champanhe.
Isto para seguir a máxima de Napoleão:
"Não beba champanhe só nas vitórias, beba também nas derrotas... é quando lhe faz mais falta"
... e parece-me que vai fazer falta a alguns senhores.

Mas para os meus "queridos" Clientes (amigos), continua a haver o bom do café, do chá e até do chocolate quente... e mais. É só pedir, se não houver eu vou à procura...

Até já!

sábado, janeiro 21, 2006

Como água para o Chocolate...

Vocês hoje vão me desculpar, mas tenho aí umas amigas a entrarem pela porta fora não tarda, é que fiquei de fazer um chocolate quente, mas depois pus-me para aqui a ler umas coisa e até fiquei curioso.
Vocês por acaso sabem o que significa o tema do livro da Laura Esquível, "Como água para o chocolate"?
É isso mesmo, é que os Maias e outras civilizações ali vizinhas (e que por estranho que pareça, nunca se encontraram, nem se confrontaram), bebiam esse liquido delicioso, feito com água. Os espanhóis mais as suas invenções é que resolveram misturar o leite, para suavizar o sabor acre do cacau.
Bem eu só soube isto no outro livro da senhora "Tão veloz quanto o desejo", porque realmente no outro livro, não vejo relação, ou vai ver, foi por não ter lido o livro todo, bom mas de qualquer maneira, o filme também, não esclarecia... ou será porque também não o vi todo?

Bem não interessa, tenho mais que fazer...

Até já, vou preparar a caixa dos chás não vá alguém querer.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

- Bom dia Sr. Manel, então homem... vem mais alegre.
- É verdade, o bébé já está realmente a dar-nos melhores noites. Mas mesmo assim, nada anima mais o dia que passar aqui...
- Então homem, isso tem sempre remédio, a porta está sempre aberta.
- Então dê-me lá aí um cafézinho. Já sabe como eu gosto.
- Então quer dizer que hoje também tomou o pequeno-almoço em casa. Parece que a vida está a voltar ao normal...
- É verdade! Mas hoje quero aí um desses bolinhos de café e cenoura que a Fatinha me falou...
- Oh, Sr. Manel, azar... sabe que isso some num instante. Mas posso é dar-lhe um croquete.
- Não! Eu queria era uma coisinha doce, e ela disse que eram tão bons que queria experimentar.
- Sr. Manel, Sr. Manel... já me devia conhecer melhor. Se lhe falei no croquete é porque não é exactamente os croquetes que está habituado. Estes são doces.
- Doces!? Mais uma das suas invenções...
- Não é minha, mas experimente.
...
- e que tal?
- olhe, e por acaso não me dava a receita destes, para a minha mulher fazer em casa?
- dou, claro! Espere só um minuto que vou ver onde a tenho.
...
- Aqui tem.
50 gr café acabado de moer, em pó
125 gr de açucar
100 gr de coco ralado
1 ovo
raspa de casca de 1 limão
1 colher (sopa) de manteiga sem sal
granulado de chocolate q.b.

Amassam-se todos os ingredientes numa tigela menos o granulado de chocolate.
Moldam-se os croquetes pequenos com as mãos e relam-se no granulado de chocolate. Deixam-se secar no frigorífico e servem-se.

- vê! nem fritos são, fazem menos mal.

Podemos afirmar peremptóriamente que o café é a musa maior dos grandes génios. No livro, O Novo Cozinheiro Americano em Forma de Dicionário (Paris, 1875) diz, "Aquele que possui algum talento, torna-se um génio depois do café. Pela sua influência desenvolve-se a inteligência mais obtusa; o insensível transforma-se em terno e a beleza mais fria anima-se; enfim, tudo se modifica e esse é o triunfo do café."

Como exemplos dessa realidade, poderemos citar nomes de grandes génios que sempre estiveram acompanhados de café, e alguns com exigências extravagantes, como Balzac, Beethoven, Tayllerand, Buffon, Voltaire, Fontenelle, William Harvey, Napoleão, Rossini, Paul Valéry, Alexandre Pope, EU, VOCÊS - grandes nomes que foram "ajudados" nas suas obras de genealidade, por este líquido que foi "fonte de harmonia entusiasta que se encontra nos estilos" de cada um