quarta-feira, janeiro 18, 2006

Hoje, enquanto ainda me preparava para abrir as portas, apareceu-me um um senhor, cansado da vida; trazia umas rugas acentuadas, uns olhos cansados, mas no rosto um sorriso que asambarcava a vida.
Abri-lhe a porta e convidei-o a entrar.
Disse-me que tinha ido apenas atrás do cheiro do café e apresentou-se como sendo Michel Vanier, um estudioso do café, em todas as suas vertentes.
Então sentado numa mesa mais recatada contou-me estórias do seu tempo de menino, quando "entre os sacos de café que exalavam um odor exótico, se comprazia a sonhar com países que os seus avós haviam visitado e que depois lhes expediam as suas colheitas de café. Ali estavam os sacos de juta de 60 kg que procediam de Santos, da Baia, de Pernambuco, do Haiti, dos países da América Central, os Costa Rica, os Guatemala e também os Jamaica, aqueles cafés finissimos que desgraçadamente já não conhecemos".
Deixei-me levar pela imaginação, despertei e, enquanto ele deambulava pelas memórias, servi-lhe uma chávena de café bem quente e fui me preparando para a clientela que já não tardava aí.

2 comentários:

Anónimo disse...

Então o seu cafezinho vai de vento em popa? Eu normalmente tomo descafeinado... Que historia ha sobre o descafeinado?

Mia disse...

Vim retribuir a visita ao meu cantinho e gostei de cá estar.
Vou voltar, ah pois vou!
Beijinhos e boas blogadas!